Competências do Enfermeiro Estomaterapeuta Ti SOBEST ou do Enfermeiro Estomaterapeuta |
(Documento publicado na Revista Estima vol.6 n.1 (2008)* e atualizado segundo o Estatuto revisado na Assembléia Geral Ordinária do dia 25 de outubro de 2009).
SOBRE A ESTOMATERAPIA
A estomaterapia é uma especialidade (pós-graduação latu sensu) da prática do enfermeiro - instituída no Brasil em 1990 - voltada para a assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida. (Estatuto SOBEST).
A SOBEST (Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências) foi fundada em 04.12.1992 e é o órgão de representação da estomaterapia brasileira.
O enfermeiro pós- graduado em estomaterapia é denominado pela SOBEST como Enfermeiro Estomaterapeuta (ET) e o enfermeiro estomaterapeuta titulado Enfermeiro Estomaterapeuta Ti SOBEST (ET Ti SOBEST).
São estomaterapeutas somente os enfermeiros pós-graduados em cursos de especialização que abranjam todas as áreas da especialidade e sejam reconhecidos tanto pela SOBEST quanto pelo World Council of Enterostomal Therapists (WCET). O título de enfermeiro estomaterapeuta Ti SOBEST é conferido, exclusivamente pela SOBEST e a obtenção desse título se dá por meio de concurso público realizado pela SOBEST, cuja aprovação poderá ser somente por memorial ou memorial e prova.
Nesse documento a SOBEST tem como finalidade registrar as competências pertinentes ao exercício da estomaterapia pelo ET Ti SOBEST ou pelo ET de acordo com as áreas de atuação. Tais competências foram elaboradas tendo como base o currículo mínimo exigido para a especialidade de enfermagem em estomaterapia.
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS
1. ÁREA DE ESTOMIAS 1.1 Estomas Intestinal e Urinário a) Pré-operatório
b) Intra-operatório
c) Pós-operatório imediato e mediato
d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
1.2 Vesicostomia
a) Pré-operatório
b) Intra-operatório
c) Pós-operatório imediato e mediato
d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
1.3 Cistostomia a) Pré-operatório
b) Pós-operatório imediato e mediato
c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
1.4 Gastrostomias a) Pré-operatório
b) Pós-operatório imediato e mediato
c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
1.5 Traqueostomias a) Pré-operatório
b) Pós-operatório imediato e mediato
c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
1.6 Fístulas
2. ÁREA DE FERIDAS 2.1 Úlcera por Pressão a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Realizar reeducação vésico-intestinal, quando pertinente. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta). Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea e diminuição do risco de deterioração da úlcera, tais como mobilização e posicionamento entre outros. Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar reeducação vésico-intestinal quando pertinente. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta e outros). Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos. 2.2 Úlceras vasculogênica de origem venosa a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, drenagem linfática e medidas compressivas. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica. Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva. Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, drenagem linfática e medidas de compressão. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos. 2.3 Úlceras neurotróficas por Doença de Hansen a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). OBS: no serviço público existe Ficha de Notificação/Investigação Hanseníase (Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN) do Ministério da Saúde Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica. Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, medidas compressivas. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica. Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva. Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna e pés, repouso alternado, elevação de membros inferiores. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos. 2.4 Úlceras vasculogênica de origem arterial (diabética ou não) a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Prescrever cuidados com a pele em geral. Realizar desbridamento instrumental conservador, quando indicado. Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos. 2.5 Úlceras Diabética a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade nos pés. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados. Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). 2.6 Demais feridas/úlcera em geral a) Prevenção Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos e outros quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário. b) Tratamento Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). 3. ÁREA DE INCONTINÊNCIAS 3.1. Incontinência urinária e/ou anal a) Pré-operatório Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico). Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o uso de cateteres e equipamentos coletores diversos, os programas públicos de assistência e outros. Fazer teste de sensibilidade para o uso de equipamentos, quando pertinente. Encaminhar a outros profissionais, se necessário. Planejar e executar visita domiciliária, em alguns casos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e a influência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano. Participar da realização de exames para a elucidação de diagnóstico, quando integrada à equipe de cuidado a pacientes incontinentes, desde que obtenha os pré-requisitos técnico-científicos para tanto, estabelecidos pela SOBEST. b) Intra-operatório Fazer intercâmbio com a equipe cirúrgica para troca de informações quanto aos equipamentos adequados ao tipo de cirurgia, para a promoção de melhor qualidade de vida ao paciente. c) Pós-operatório imediato e mediato Realizar a visita para avaliar as condições do cliente e da ferida operatória, a presença de complicações e condições dos equipamentos, a fim de prescrever os cuidados necessários e orientar a equipe da unidade de internação, quanto aos mesmos. Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador, promovendo a sua reabilitação. d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário) Avaliar as condições da pele e da ferida cirúrgica e a presença de complicações. Reforçar as orientações prévias, quando necessário. Preparar e orientar para a realização de diário vesical e/ou evacuatório, para o embasamento de futuras condutas. Orientar e implementar os treinos vesical e/ou intestinal, com vistas à reeducação do paciente no tocante aos hábitos miccional e evacuatório. Orientar e implementar o cateterismo vesical intermitente limpo, preparando o paciente para o autocuidado, ou treinando o seu cuidador, quando indicado. Implementar o cateterismo vesical de demora, bem como o uso de equipamentos adequados, quando indicado. Encaminhar a outros profissionais da equipe interdisciplinar, quando se fizer necessário. Estimular e/ou auxiliar o retorno dessa pessoa à participação social. Enfatizar a importância da participação em grupos de auto-ajuda. Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos exames de rotina e especializados. Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela. Reeducação do incontinente Após avaliação minuciosa, para pacientes com incontinências urinária e/ou anal, ou para estabelecer programa preventivo de incontinências, quando pertinente, o enfermeiro estomaterapeuta poderá: Preparar e orientar para a realização de diários vesical e/ou evacuatório, para o embasamento de futuras condutas. Orientar e implementar o treino vesical e/ou intestinal, com vistas à reeducação do paciente no tocante aos hábitos miccional e evacuatório. Orientar e implementar o cateterismo vesical intermitente limpo, preparando o paciente para o autocuidado, ou treinando o seu cuidador, quando indicado. Implementar o cateterismo vesical de demora, bem como o uso de equipamentos adequados, quando indicado. Orientar e realizar programa de exercícios para o fortalecimento da musculatura do soalho pélvico, com vistas à obtenção da continência urinária e/ou anal. Realizar programa de biofeedback, para propiciar ao paciente o reconhecimento das estruturas anatômicas a serem fortalecidas, por ocasião da realização de exercícios perineais. Orientar e realizar programa de uso de cones vaginais, com vistas ao reconhecimento e fortalecimento da musculatura do soalho pélvico. Realizar terapia de eletroestimulação para fortalecimento de musculatura do soalho pélvico, com o uso de eletrodos de superfície, probes endovaginais ou endoanais, quando necessário. Avaliar, implementar e orientar a utilização de pessários vaginais para a correção de prolapsos de órgão pélvico, quando indicado. Avaliar, implementar e orientar a utilização de plug anal para a melhora da continência anal, quando indicado. Avaliar, implementar e orientar a utilização de demais equipamentos disponíveis no mercado, com vistas a melhorar a continência urinária e/ou anal e seu impacto na qualidade de vida dos clientes por elas acometidos. Realização de Exame Urodinâmico (desde que possua certificação em curso reconhecido pela International Continence Society - ICS), quando integrada à equipe de cuidado a pacientes incontinentes, desde que obtenha os pré-requisitos técnico-científicos para tanto, estabelecidos pela SOBEST. Outras Atribuições Promover o desenvolvimento de programas de educação que propiciem o crescimento pessoal e profissional de todos os componentes das equipes, levando em conta o fator custo-benefício. Participar na comissão de descrição técnica dos equipamentos/tecnologias e julgamento nos processos de licitação junto à Secretaria/Ministério de Saúde. Assessorar a organização de serviços de estomaterapia, desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias para o cuidado em estomaterapia. Coordenação e/ou assessoria técnica de cursos de especialização em estomaterapia (exclusivo do Enfermeiro Estomaterapeuta Ti SOBEST). * Documento elaborado por: Beatriz Alves Yamada, Elisabeth Capaldo Ferrola, Gisele Regina de Azevedo, Leila Blanes, Noemi Marisa Rogenski, Vera Lúcia Conceição Gouveia Santos. |
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